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ETAPA FINAL DE PREPARAÇÃO PARA O ENEM. E AGORA?

01/11/2019

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É importante ressaltar que não há fórmulas ou orientações que se apliquem aos estudantes, de modo objetivo e universal. O processo de aprendizagem é constituído por uma carga de subjetividade muito significativa. As sugestões aqui feitas são fruto de estudos e experiências docentes, tendo como referência a análise da Matriz de Referência do Enem, a prova, a estrutura básica e o nível de complexidade dos itens, bem como a aplicação da TRI (Teoria de Resposta ao Item) e o comportamento dos estudantes. Sendo assim, listamos um conjunto de orientações que pretendem auxiliar o estudante na etapa final do processo de preparação para o Enem.

1. Não se aventurar em revisões densas nesta etapa do processo. Em poucas horas de estudo, o estudante não conseguirá apropriar-se de tantos conteúdos previstos para a avaliação de três anos do rnsino médio. Ao submeter o corpo e a mente a uma mudança brusca de rotina, com perda de horas de sono, uso de substâncias para manter-se alerta, o participante prejudica sua concentração e submete-se a um processo de estresse que, em muitos casos, é a porta de entrada para um quadro de ansiedade. É importante cuidar da saúde, evitar excessos e não abrir mão da vida social.

2. Para a revisão, aconselha-se conhecer melhor, se possível, a Matriz de Referência, seus eixos cognitivos, competências e habilidades a serem desenvolvidas e cada Área e os objetos de conhecimento. Todos esses referenciais podem ser observados na análise de provas já realizadas em anos anteriores, de preferência as mais recentes. Ao candidato que ainda está em sala de aula no ensino médio, recomenda-se aproveitar as aulas e demais serviços oferecidos pela instituição de ensino em torno do Enem, como aulas com resoluções mediadas, correção presencial de redações e aulas com abordagem interdisciplinar.
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3. Solicitar, sempre que possível, o apoio dos mestres na análise de textos, comandos e distratores, já que os conteúdos — a despeito de muitos falaram que isso não é o mais importante — tem sua relevância no processo avaliativo, porém o manejo da prova, conhecendo a estrutura dos itens, possibilita um melhor aproveitamento do tempo e amplia, de modo significativo, o sucesso na resposta aos desafios apresentados na prova.

4. Revisitar sínteses, resumos, mapas mentais, esquemas é, também, uma estratégia importante, principalmente nas áreas em que o candidato percebe fragilidades e dificuldades no campo da aprendizagem. Além dos professores, o apoio de colegas é seguramente uma excelente alternativa, grupos de estudo são importantes para um processo de partilha de dificuldades, aprendizagem compartilhada e apoio emocional.

5. Lembre-se de que o conhecimento é constituído numa relação de espaço e tempo, portanto, tenha muita atenção ao contexto histórico e contorno geográfico. Nas questões de ciências humanas e de linguagens, esses referenciais são importantes para interpretação dos textos e identificação de distratores (os itens errados). A interdisciplinaridade é uma das marcas importantes do Enem, portanto aprendizagens em determinadas áreas podem ajudar a resolver situações-limite em outras. Destaca-se, nesse sentido, a redação, que, além das habilidades específicas na área da produção de texto, necessita do acúmulo de leituras, seja de clássicos, seja de periódicos entre outros. Importante ressaltar que a competência da leitura também é exigida na análise de filmes, séries, eventos artísticos, concebidos erroneamente somente como peças de entretenimento. Momentos de descontração são muito propícios à aprendizagem significativa.

6. Não se esquecer de, na véspera da prova, organizar tudo que é necessário para evitar atropelos, como documento oficial, materiais, e observar as regras previstas no edital. Organizar-se para um deslocamento seguro ao local das provas, no tempo adequado e em condições confortáveis. É muito melhor chegar 30 minutos antes de os portões serem abertos do que ser barrado por não ter chegado no horário certo.

Enfim, agora é momento de serenidade, buscar situações e ambientes que permitam, na medida do possível, tranquilidade e concentração para encarar um desafio importante na vida acadêmica. O trabalho realizado, aliado a sua serenidade e confiança, é que determinará seu sucesso na prova. “Assim como toda insegurança é imprevisível, toda mudança é involuntária e necessária”.

Boa prova!

Fonte: correiobraziliense